A apologética da política económica neoliberal rege-se por uma teia de conotações e associações de palavras como flexibilidade, maleabilidade, desregulamentação, reajustamentos, reformas estruturais, que tendem a fazer crer que a mensagem neoliberal é, usando as palavras de Pierre Bourdieu, “uma mensagem universalista de libertação”.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

AS GRANDES EMPRESAS DA DESINFORMAÇÃO

 

As transnacionais, os monopólios e as grandes empresas da desinformação — além de locutores, modelos de televisão, advogados, economistas e um que outro jornalista de profissão ou que sem sê-lo apresenta-se como tal — substituíram os “Super Amigos” nessa luta contra o mal, chegando a convencer-se de que também são os portadores da verdade, da sabedoria, do conhecimento e de uma moral implacável que os torna invencíveis e incólumes a tudo quanto de pecaminoso existe no mundo. São quase deuses! Será por isso que não existem?
Investigar com profundidade tudo o que lhes vem na cabeça; nada escapa dos olhos da águia jornalística, apesar de que geralmente eles pareçam toupeiras. Suas fontes sempre são as mesmas: as notas das empresas-agências internacionais de notícias, os especialistas e políticos que defendem o status quo, os intelectuais bem pensantes fantasiados de “progre”
Falar com clareza e amplidão de termos.
São verdadeiros poetas (do futebol, da morte, de quase tudo) e escritores, mesmo que não saibam utilizar nenhuma das figuras nem dos recursos que a oratória, a poesia e a literatura proporcionam àqueles que querem desenvolver estas artes.
Esta “liga justiceira”, formada por uma plêiade de “sabe-tudo”, especialistas na mentira, arrogou-se o direito de apresentar sua visão do mundo como a única válida e verdadeira. Afinal de contas, sua missão divina é a de desinformar.
Como diz Alfonso Sastre: “Os membros desta confraria aparecem publicamente como muito zelosos da sua independência e da sua liberdade; quando a verdade é que geralmente sua liberdade e a ideologia do Poder coincidem”.
, querem convencer-nos de que a democracia, a liberdade, a paz e a unidade nacional podem ser construídas apenas com o diálogo e o consenso entre todos os membros de uma sociedade, sem importar as contradições sociais históricas que são o produto da existência de um sistema injusto, desigual e explorador como é o capitalismo.
Estes “democratas” e “pacifistas” a qualquer preço jamais se preocupam em analisar e apresentar as causas reais que são a origem dos conflitos de caráter social. Para estes falsificadores midiáticos o problema da violência fica reduzido às ações provocadas e executadas por grupos extremistas, tanto de direita como de esquerda, apesar de que freqüentemente falam somente da violência da “extrema esquerda”.Confira aqui

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